quarta-feira, 1 de junho de 2011

As Horas - Michael Cunningham


Título: As Horas 
Título original: The hours
Autor: Michael Cunningham
Editora: Gradiva
ISBN:972-662-705-2


Compreio-o na FNAC por sugestão tua.

Num tempo de fartura de livros. Numa compra compulsiva de esgotar o plafond de um cartão. Paguei. Rápido. Mais rápido do que li. Mais rápido do que terminei. Foram várias as tentaivas de iniciar. Em vão. Não estava preparada. E há tantas coisas mais para as quais não estou preparada. Não insisti. Conheço. Conheço-me. Voltava às minhas mãos. Um parágrafo. Dois. Uma resistência. Dor? Angústia? Solidão... e aborrecimento.

Anos depois, somente anos depois e após várias tentativas de ler Mrs. Dalloway, consegui engolir de um trago um livro que fantasia, entre outras coisas mais, a vida de uma  homónima. 

A Virgínia. A triste Virgínia (ou Virginia?). O querer fugir. O não estar bem sem saber porque não se está bem a não ser o não se estar. A mal amada, sendo (bem) amada, os dias que não terminam e as virtudes francas que vemos nos outros e ainda assim não nos trazem felicidade.
Porque, se pode ser só, amando. Porque a solidão existe entranhada nos ossos.

Laura. A questão. O que nos traz paz nem sempre nos pacifica. Realizamos conquistas e sonhos (vendidos?) para depois nos deitarmos numa cama de hotel, sós, apenas porque gostamos de sentir um afastamento à vida que aspirámos a viver.

Clarissa. A que se sente futil, não especial, não magnífica, não estrela, não artista, não iluminada. Clarissa. Atenciosa. Perceptiva. Rodeada de arrogância que não tenta combater. Compreender, sim. Sentir-se especial por um dia ter partilhado da luz especial que por vezes emana dos outros. Ainda que pobres. Ainda que tristes. Com raios de excelência e humanidade.


3.


3 mulheres.

E não. Ainda não vi o filme.

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