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quarta-feira, 21 de abril de 2010

THEORY OF FILM - SIEGFRIED KRACAUER

Título: Theory of Film
Autor: Siegfried Kracauer
Editora: Oxford University Press,1960

Um ensaio que à data da sua publicação, constituiu uma obra de referência e pioneira na língua inglesa sobre a teoria e estética do cinema, que aprofunda e analisa com mérito ao recorrer a conceitos e métodos que extravasando para além da linguagem do cinema, encontram a sua aplicação na teoria da estética e filosofia em geral. Com fotogramas e fotografias a preto e branco.



domingo, 28 de junho de 2009

Ten By Ten - Robert Mapplethorpe



Título: Ten By Ten
Autor: Robert Mapplethorpe
Editor: Schirmer/Mosel
ISBN: 3-88814-272-5

O fotógrafo das flores, das polaroids, da Patti Smith, dos retratos a preto e branco, dos nus em sombreados, de homens que se tocam e mulheres calmas.


Irises 1986


As flores. A fragilidade das flores. E o encanto das crianças. Um olhar inquisidor de uma menina. Um passo. Um passinho. Um estou mas de passagem.


Melia Marden 1983



E neste movimento parado o silêncio negro da quem sente forte. De quem quer sentir forte. Um membro envolto num tecido cuja textura podemos sentir o toque. A mão cerrada. E a luz e a sombra. Que encerra quem navega entre um e outro.


Louise Nevelson 1986

Toma-me. Tomem-me. Um homem deitado, morto? Talvez ainda que não pareça. Ainda não. E a dor. A dor semelhante à que nos retratam os santos mártires. O olhar de quem já não está. Um pénis violado, dilacerado, sangrento, atado, numa ratoeira. Porque quem assim quer, quer. Brutal.Os homens nus. A limpidez da nudez. Um homem perfeitamente branco que chupa um membro escuro. De olhos nele. E a postura tão masculina de apoia a mão na anca. Esperando, aguardando. Vendo.


Self-Portrait 1978

As naturezas mortas. Fruta que te quero.
Um Philip Glass, um Kooning… olhares em nós. Olhares no mundo. Patti Smith. Nos auto-retratos o espelho de quem é camaleão. De quem se mascara e se despe. Pichas fora das braguilhas. Pele sobre tecido. Uma vontade de tocar. Uma revelação em carícia. E nus em sombras e membros a pino.


Man in Polyester Suite 1980

Porque a sensibilidade pode existir numa flor ou num corpo mutilado, numa criança ou numa penetração, num olhar ou numa erecção.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

The Other Side - Nan Goldin



Título: The Other Side
Autor: Nan Goldin
Editor: Scalo
ISBN: 3-908247-34-9

“This book is about beauty. And about my love for my friends.”

Obcecada há mais de 20 anos por Drag Queens, Nan Goldin começa cedo a fotografa-las. Com a idade de 18 anos Nan começa um trabalho que a envolve na beleza das mais belas criaturas.


Misty and Jimmy Paulette in a taxi, NYC 1972

The Other Side é o nome do bar onde durante dois anos Nan foi todas as noites afim de fotografar aquelas que se transformariam as suas melhores amigas. Não as visualizando como homens vestidos de mulher mas como um novo tereceiro género, Nan absorve e apaixona-se. De tal forma que procura conhecer e saber mais sobre pessoas fascinadas e hipnotizadas por Drag Queens. Nada encontra a não ser num livro de psicologia datado de 1950 onde está escrito que tais pessoas seriam tão perversas que seriam inclassificáveis.


Jimmy Paulette after the parade, NYC 1972

Do grupo faziam parte transexuais, homossexuais e homens para quem o acto de se vestirem de mulheres era originado apenas e puramente pelo espectáculo. De forma a demonstrar o quanto gostava delas Nan fotografava quase todos os dias e quase todas as noites.


Toon, So, and Yogo onstage, Bangkok 1992

Tudo começa no ano de 1972, num tempo em que não era fácil a este tipo de pessoas sobreviver acaso não existissem espectáculos. Tendo como sonho colocar uma Drag Queen na capa da Vogue Nan Goldin prosseguiu os seus estudos em arte e especializou-se em fotografia. Após o curso volta ao seu mundo e tenta aí fazer carreira. No entanto sentia-se mais uma outsider no mundo onde tinha nascido que no mundo onde tinha passado os últimos dois anos.


Cody in the dressing room at the Boy Bar, NYC 1991

O livro inicia com um relato impressionante e sincero de Nan Goldin acerca dos 20 anos de fotografias que constam deste livro. Cuidadosamente Nan educa sem artificialismos. Demonstra que tal como no mundo “convencional” também ali se encontra de tudo, diferentes posturas, diferentes gostos, diferentes fantasias. Em em tudo a coragem. A coragem das Drags em realizar as suas fantasias ainda que destinadas a viver à margem da sociedade.


C putting on her makeup at Second Tip, Bangkok 1992

A viagem começa em Boston, passa por Nova York, Paris, Berlim Manila e Bangkok.


Ivy with Marilyn, Boston 1972

Nan capta o universo travesti de uma forma que nos é impossível não achar todas aquelas criaturas belas. Viajando através cenários nocturnos ricos de luz e cor a momentos mais íntimos sentimos que estamos lá. Que participamos daquele mundo, daquelas vidas. A fotógrafa não existe, não capta, faz parte de tudo aquilo e através dela podemos sentir da mesma forma. E tal só é possível porque existe muito amor envolvido.

sábado, 13 de junho de 2009

Volume II - Roy Stuart



Título: Roy Stuart - Volume II
Autor: Roy Stuart
Editor: Edições Taschen
ISBN: 3-8228-2990-0

O erotismo vive actualmente a ameaça da banalização e massificação. Roy Stuart como arqueólogo da fotografia explora ao máximo esta situação, tornando-se assim um ambíguo cúmplice ou deveríamos dizer contestatário? Da devoração e exposição recente da erótica o que poderá sobreviver? A ingenuidade forçada é mais sugestiva, mas tão real e convicta que acabamos naturalmente por desconfiar. Atrás dos ambientes de elite ainda felizmente conseguimos descortinar algum mistério, num erotismo voluntariamente desatento, noutras distraidamente enfático.

As mulheres tem, no geral, expressões faciais de pouca espontaneidade e a maior naturalidade (ou humanidade) reside no facto de possuírem pelos no púbis e nas axilas. No entanto algumas das expressões corporais, se nos abstrairmos da face e do olhar, são bem conseguidas, permitindo-nos viajar para um mundo de fantasia. À mulher pouco mais é dado a desempenhar senão o papel de inocente-distraída que cai nas malhas dos olhares pérfidos masculinos ou de sedutora na vertente atrevida ou de altiva.



Existirá quem goste do estilo já que é considerado um dos grandes mestres da fotografia erótica subversiva.

Disciple Maître – Joel-Peter Witkin



Título: Disciple Maître – Joel-Peter Witkin
Autor: Joel-Peter Witkin/Pierre Borhan
Editor: Editions Marval
ISBN: 2-86234-291-2


A morte (…) é um dos apetites da infância, quase mais forte que o apetite das bonecas ou o de brincar com os órgãos genitais.
In “O Génio e a Deusa” - Aldous Huxley


Woman Once a Bird, Los Angeles 1990 ******* Man Ray - Le violin d'Ingres, 1924

Jeremy Bentham (1748-1832) foi um filósofo inglês do século XVIII, que foi notabilizado pelos seus trabalhos de economia política; não obstante uma outra das suas propostas eventualmente menos conhecida foi absolutamente radical. Este pensador preconizava que os cadáveres deveriam ser aproveitados como auto-ícones, permitindo apresentar a pessoa depois desta ter falecido, e constituir um mobiliário urbano esteticamente válido. Tendo a posteridade resistido a esta ideia, fez ainda assim justiça a Bentham, que foi devidamente embalsamado, conforme disposições testamentárias, ocupando ainda hoje um armário no Oxford College que ajudou a fundar.

Humor and Fear, Novo Mexico 1998 ********* Horst - Mainbocher Corset, Paris 1939

Naturalmente a morte e a decomposição/transformação, foi sempre um tema tão incontornável como necessário, enquanto pretexto para uma reflexão colectiva e individual que tenta entender a eterna circularidade da morte e da vida. Os trabalhos de Witkin apresentam um contributo notável para esta reflexão, ao utilizar cadáveres (de seres humanos e animais), concebendo as criaturas mais fantásticas, chegando a reconstruir os mesmos pela mutilação e combinação. A partir desta noção teríamos um pretexto para uma utilização sensacionalista, que Witkin felizmente recusa.


The eggs of My Amnesia, Roma 1996 ******** Kimura Kenichi - Sem título, 1945

Ars Moriendi a quem pertence um cadáver senão à eternidade, sendo a distância entre a vida e a morte dificilmente mensurável, cada fotografia deste livro faz um comentário a diversas fotografias de diversos autores e estilos. Maitre para os modelos vivos; Disciple para os outros.

Canova's Venus 1982

A generosidade de um cadáver é infinita assim como a sua bendita passividade. Enquanto a carne e a película aguardam pelas cinzas niilistas, ocorre-nos o aforismo de Lavoisier: Na natureza nada se perde tudo se transforma. Meditemos entretanto à saída deste livro nas diversas epígrafes presentes nos ossários tão ao gosto barroco. Vivos um dia fomos, mortos como estes ossos um dia serás.

Satiro 1992

Os trabalhos de fotógrafos como Charles Negre, Walker Evans, Horst e Cartier-Bresson e de quadros como “Las Meninas” de de Diego Velásquez, “O nascimento de Vénus” de Boticelli, serviram de inspiração para Witkin. O texto do livro relata as relações entre as obras dos dois artistas, o inspirador e o inspirado.

Heroes - Ivan Pinkava



Título: Heroes
Autor:
Ivan Pinkava
ISBN: 9788086217727
Editor: Kant

Eles podiam ser bonitos mas não são. Há qualquer coisa de estranhamente perturbador nas fotografias de Pinkava. Um silêncio doloroso de palavras e de gritos silenciados. Ao primeiro impacto dá um aperto no coração, mas de súbito e sem esperarmos a calmaria regressa através de uma mão pousada num joelho, de um olhar no horizonte, de um rosto elevado ao céu. Pinkava dói. A beleza (convencional) é-nos negada, como se tivesse sempre de existir a desarmonia. Para que sintamos. Aqui nada é gratuito. Não aqui. Aqui não podemos passar incólumes. Não temos hipótese de fugir a… sentir.



Love & Lust - Donna Ferrato



Título: Love & Lust
Autor: Donna Ferrato
Editor: Aperture
ISBN: 1-931788-33-2

Donna Ferrato traz-nos neste livro imagens de intimidade. Sem sensacionalismos as imagens são captadas com naturalidade, e lado a lado possuímos imagens de crianças brincando de forma afectuosa com cenas de uma orgia.


A linha ténue entre as expressões de luxúria e de amor é evidenciada de uma forma quase ternurenta. Donna não moraliza, não descrimina, não estereotipa. De alguma forma relaciona-se com quem fotografa revelando (e incentivando) tudo de positivo e extremamente humano que acontece no momento do click. O amor e a luxúria em imagens encorajando de uma forma positiva a aceitação das emoções humanas.

O abraço, o beijo, a mãe, o casal, fornicação, nus, cópulas animais. Cores e preto e branco em expressões de alguma inocência mesmo em cenas de lascívia e luxúria.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Crossing The Line - Sara Davidmann



Título: Crossing The Line
Autor: Sara Davidmann
Editor: Dewi Lewis Publishing
ISBN: 1-899235-39-6

As atitudes sociais mudaram com o crescimento do número de indivíduos que optam por redefinir o seu sexo. Crossing de Line documenta essa profunda mudança cultural. Está focado nos indivíduos que "cross-dressing" de homem para mulher e envolve a participação de travestis, "drag queens" e transexuais.

Os rituais e processos de transformação têm grande significado. Para a maioria dos cross-dressers a criação da personagem feminina é uma parte crucial do seu ser e essencialmente constitui um alter-ego.

A ritual do banho, do shaving (tratar dos pelos, barba, pernas), trocar de roupa e colocação da maquilhagem pode demorar ate 2 horas ou mais. Sendo uma etapa importante na transição de uma personagem para outra.

Muitos consideram-se ser na essência, ambos os sexos, homem e mulher. Para eles as fotografias servem como reforço da sua imagem feminina e na sua afirmação como essa personagem.

Crossdressing envolve a criação de uma ilusão. Uma total transformação, mesmo que temporária. No entanto, a ilusão retém muitas vezes pistas para o género de base que se esconde. E a imagem resultante vagueia entre a polaridade masculino e feminino, contendo elementos de ambos, como se um terceiro sexo tivesse sido criado.

Fetish Theatre - Alan Tex



Título: Fetish Theatre
Autor: Alan Tex
Editor: Edition Reuss
ISBN: 3980501779


Alan Tex é um mestre na arte de iluminar a complexa natureza do erotismo que caracteriza as relações interpessoais, capturando o lado mais sombrio dos nossos desejos num segmento de cenas fotográficas.

O Fotógrafo Belga deriva maioritariamente em estilos comuns a círculos fetichistas, mas também o faz de esculturas ou outras formas de arte.

Isto confere ao seu trabalho o sentimento de fantasia por parte da pessoa que vê as suas obras.

Um livro invulgar, nas obras de um artista realmente perturbado. Ao conjunto cénico colorido a expressão, ora dramática ora vazia de emoção. Os vermelhos, o ouro, os pequenos simbolismos que só se deixam agarrar após uma visualização mais cuidada... a representação de papéis, que tanto adoramos e conhecemos.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

The Chameleon Body - Nicholas Sinclair



Título: The Chameleon Body
Autor: Fotografia -Nicholas Sinclair
Textos - David Alan Mellor & Anthony Shelton
Editor: Lund Humphries Publishers
ISBN: 0-85331-696-1


Nicholas Sinclair, é um fotógrafo de naturalidade londrina, presente em diversas exposições, nomeadamente em Portugal (na Culturgest em 1999), conhecido pelas suas fotos fetichistas, mais especificamente no domínio das alterações que diversas pessoas fazem ao corpo: bod-mod, scarification, piercings e tatoos.